Sonhador, Empreendedor, Vencedor

29 de Fevereiro de 2024

Ser sonhador, empreendedor e vencedor é encarar uma jornada única, cheia de desafios e conquistas. É entender que, às vezes, a dor é parte do processo, mas jamais o fim da história.


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Empreender é uma experiência única. Para ser sincera, não há palavras que possam traduzir o misto de sensações vivenciadas quando empreendemos. Todavia, penso que a tríade sonhador, empreendedor e vencedor representa as principais fases desta jornada.


Costumo dizer que existem duas formas de evoluirmos. Uma delas é pelo amor e a outra é pela dor. E essa máxima pode ser aplicada ao empreendedorismo, já que algumas pessoas empreendem por amor à inovação, ao progresso, à geração de riquezas e de oportunidades, enquanto outras decidem empreender ao se depararem com a dor do desemprego, da escassez de um produto ou serviço, ou até com a dor causada pelo preconceito de gênero, crença ou raça.


Mas chamo atenção para a presença do sufixo “dor” na tríade sonhaDOR, empreendeDOR e venceDOR, que remonta esta trajetória.

Afinal, tudo começa com um sonho, como este que está visitando agora os seus pensamentos enquanto você faz esta leitura. Não ignore os seus sonhos!


Agora alerto que um sonho gera um movimento que passa, naturalmente, pelo processo da dor. Em alguns casos, circunstâncias alheias à vontade humana adiam a concretização de um sonho. Às vezes os sonhos são abandonados ou até mesmo esquecidos por aqueles que os idealizaram. Mas, geralmente, as pessoas desistem dos seus sonhos ao se depararem com as primeiras dificuldades.


Assim, quem não suporta a dor, na busca pela concretização do sonho de empreender, sequer conhecerá aquela vivenciada pelo empreendedor. A esta altura você já deve ter compreendido que a lógica do processo é, basicamente, suportar a dor, enquanto emprega mais esforços para atingir o resultado desejado. E quanta dor é suportada por aquele que empreende.


Ser empresário consiste em suportar a pressão do mercado, dos concorrentes (agentes externos), dos colaboradores e clientes (agentes internos), sem perder a fé no sonho, no desejo lancinante de mudar o mundo. É um misto de “Meu Deus, que desespero” com “Calma, que está dando tudo certo”.


Por vezes pagamos todas as despesas e ficamos sem receitas e, ainda sim, comemoramos por termos conseguido, honrar os compromissos. Se nos perguntam como vão os nossos negócios, tememos dizer que não estão bem, dando margem aos rumores de uma possível falência. Porém, também, ficamos receosos de dizer que estão indo de “vento em popa” e atrairmos mais concorrentes.


Quem empreende vive sua dor, solitário. Tudo sofre, tudo suporta e raramente recebe um olhar condescendente, porque no Brasil, para o senso comum, o empresário é alguém abastado, que visa apenas o lucro.


Então, por que as pessoas empreendem? Pelo desejo de vencer. Vencer as suas próprias limitações, vencer a escassez tecnológica, social, financeira, mas sobretudo a falta de reconhecimento, daqueles que empreendem neste país.


Quem sonha e empreende é um vencedor!